O atendimento de Chico Xavier

O Atendimento Espírita Cristão de Chico Xavier

no Grupo Espírita da Prece em Uberaba-MG

por Orlando Noronha Carneiro

Infelizmente, alguns incautos, sem sequer ter colocado os pés em Uberaba, ou seja, sem ter conhecido Chico Xavier e suas atividades na Comunhão Espírita Cristã e depois no Grupo Espírita da Prece, arvoram descuidados em dizer que Chico Xavier NÃO EFETUAVA ATENDIMENTO algum com o público para as atividades de cartas familiares e até para orientação referente a saúde ou outras questões particulares.

Realmente estão sobejamente equivocados e o que é mais grave passam uma informação equivocada as pessoas que na maioria não conhecem a Doutrina Espírita, com intuito claro de defender seus interesses pessoais. Chico Xavier, em nome do amor cristão, na prática do Evangelho, jamais esteve longe do povo, do público. Seu júbilo era estar com o público e muitas vezes não atendendo o aconselhamento médico que não indicava sua ida ao GEP, com muito sacrifício se dirigia ao GEP. E depois quando as forças físicas o impedia de locomover até o GEP, abria as portas de seu Lar para receber as caravanas provenientes de todos os quadrantes do Brasil e do exterior.

Eu presenciei estes fatos em Uberaba, porquanto, eu próprio o cumprimentei em sua casa, seguindo a disciplina das filas, como o cumprimentei várias vezes no GEP. O que narrarei, presenciei em Uberaba.

Quando a saúde lhe permitia, TODAS as sextas-feiras a partir das 14 horas Chico atendia o púbico que havia pegado sua senha.
Certa feita fiquei uma semana em Uberaba-MG e com uma semana de antecedência a fila já estava em frente ao GEP, quando ainda não havia ao redor do GEP asfalto.

Chico chegava pontualmente no GEP. Chegava com o seu filho Eurípides e adentrava o GEP para atender o público. Com uma prancheta (ANEXO), um a um, atendia e anotava as solicitações. Não fazia o atendimento para COLHER INFORMAÇÕES, ao contrário, ele próprio informava ao solicitante. Eu presenciei Chico citar nomes de desencarnado e encarnados, situações que o assistente confirmava emocionado.


Isso por exemplo ocorreu com o Sr Francisco, presidente do Pais e Filhos aonde sou tarefeiro. Eu ao lado do seu Francisco vi o Chico perguntar: quem é fulano, quem é ciclano, e o seu Francisco dizer é meu pai, é meu sogro. Seu Francisco solicitava ao Chico a mensagem de seu filho desencarnado em um acidente de moto. Portanto, Chico Xavier realizava esta PONTE DE AMOR, atendendo os aflitos um a um, proporcionando a todos paz e esperança.

Depois de atender um por um, Chico se deslocava para uma sala com a prancheta para se colocar a disposição do Dr Bezerra de Menezes que ditava as receitas homeopáticas aos presentes. Era habitual quando Chico realizava esta tarefa os benfeitores médicos materializarem o odor de éter que inundava o ambiente, sendo perceptível a todos. Findado esta tarefa retornava ao salão e colocava-se a disposição da Espiritualidade trazendo por suas mãos as cartas-familiares com dados impressionantes, só de conhecimento dos familiares.

Comumente a reunião varava a madrugada.

Chico depois de muitas horas saia do GEP sorrindo, feliz pelo dever cumprido de ter ATENDIDO O PÚBLICO. Chico psicografou em torno de 10.000 cartas familiares com conteúdo instrutivo e detalhes marcantes atestando a imortalidade da alma.

Sugiro o livro A VIDA TRIUNFA, editora FE, onde a AME realizou um estudo cientifico das cartas recepcionadas pelo amado médium Xavier.
Em anexo, um panorama que comprova este atendimento.

Foi desta forma que Chico nos ensinou a trabalhar, sem ALARDE, SEM EXIBICIONISMO, porque a mediunidade não é para subir no palco, não é para fazer APARECER O MÉDIUM em sua vaidade. Infelizmente, a dor e a fragilidade minam a racionalidade de quem viu um ente querido VIAJAR MAIS CEDO, e sem qualquer análise deixam se envolver por reuniões que mais parecem um SHOW.

CHICO continua sendo o exemplo de humildade, onde jamais permitiu que sua mediunidade fosse ponte para aparição e nem meio de sua sobrevivência. Jamais preconizou o fenômeno. Só permitiu e aceitou o contato com a mídia ao conscientizar que seria um mecanismo salutar de divulgação do Espiritismo e não de sua pessoa.

Como afirmava: ele era um cabide onde os espíritos colocam a mensagem do Espiritismo Cristão. Chico foi o exemplo de Mediunidade com Jesus sob as orientações precisas do Espiritismo codificado por Allan Kardec.

Se ele, sem qualquer laivo de elogio fácil, até porque Chico não levava elogio para casa e nem precisava, mas por senso de justiça, considerado o MAIOR MÉDIUM DE TODOS OS TEMPOS, ATENDIA o PÚBLICO quem será nós para fazermos o contrário querendo pontificar o exibicionismo do fenômeno?

Espiritismo é FÉ RACIOCINADA. Atentemos para isso, para que todos nós singelos tarefeiros não saiamos dos exemplos deixados pelo querido CHICO AMOR XAVIER.