Papaizinho Charles, mãezinha Janete, eu cheguei aqui com meu avô Afonso que vai escrevendo comigo, pois eu vou sendo amparado por ele, e sou o filho que vai aprendendo com calma, e vou sendo bonzinho para com meu avô Afonso.
Tudo o que aconteceu em nosso sítio, não podemos pensar em má sorte. Tudo que o vô falar, é o vô Afonso que tem me falado, e ele me ajuda nessa carta a escrever.
Eu não estou triste, porque o doce cavalinho, minha amiguinha, disparou com você pai, e veio até mim. O vô disse que temos que entender, que se não fosse para acontecer tudo como foi eu estaria mais do lado da mamãe Janete, e não mais afastada dela, e que melhor do que eu, você e mãe Janete irão entender, diz o meu avô Afonso, que eu estava cumprindo uma lição com o acidente, em vindo o cavalinho até mim.
Não tem nada de culpados, vocês confiavam tanto nas reações do cavalinho, mas era assim, pela sua natureza ele disparou, e não teve nunca a intenção de me atingir, porque ele ficou cego mesmo, no seu instinto animal.
Vou crescer e entender tudo, tem muitas tias me ajudando, e quero que vocês sejam felizes com meu irmão Nicolas.
Tá certo, mãe e pai, eu amo meu cavalinho.
AFONSO VEBER (26/08/2012, 4 anos)
Mensagem psicografada na Associação Beneficente Espírita Caminheiros do Bem, em Curitiba, no dia 11 de dezembro de 2016, pelo médium Orlando Noronha Carneiro.