Mamãe, papai Cássio, minha irmã e amiga especial Juliana. A vovó Maria me acompanha até esse pouso de paz e reconforto para todos nós.
É verdade, mamãe, estou ansioso para as notícias, procurando lhes tranquilizar ao máximo porque a ansiedade e a dor da saudade, vocês me chegam com muita intensidade, como se fossem ondas do mar bravio, e não os culpo, e nem os condeno, porque sei analisar o processo de nossa vida com o equilíbrio necessário, deixando um pouco da emoção, o que é difícil, e olhando com mais razão.
E como poderia julgar o amor de vocês, que se desdobram em saudades de todos os dias? Existem técnicas de abordagem para o processo, e me vejo na condição de focar o item que poderia ser o argumento ou a elucidação final, assim lhes digo que não senti nada, mas nada que me chamasse a atenção e que devesse procurar tratamento rápido.
Não fiquei desatento a qualquer ocorrência instável em meu organismo, até porque vocês atestavam que tinha uma saúde dos atletas olímpicos da antiga Roma.
Outro fato digno de menção é que não estou com qualquer ar de advogado na mensagem, apesar que certos hábitos são naturais da profissão.
Mãe, pai Cássio, Juliana, eu poderia estar no hospital de maior grandeza e capacidade de atendimento do universo, e meu quadro, que se fez instável de um instante para o outro, não seria revertido.
Não há avaliação investigativa que detectará o ocorrido. Não pensem em bactéria, vírus, sejam o que for.
A vó Maria me disse que os meus dias eram os que ocorreram até quando fechei os olhos. A vó esclareceu que uma disfunção no sistema cardiovascular interrompeu a harmonia sistêmica do meu organismo que o mais notável meio de diagnóstico não evidenciaria.
Esclareceu a vovó que com isso cumpriu-se a etapa que deveria cumprir com vocês e com os meus projetos que ficam para uma etapa posterior à minha vida.
Temos que olhar para o mais amplo da compreensão da vida para entender que a interrupção assim parece sem explicação no sentido orgânico, era a prova que este menino grande tinha que vivenciar.
Vejo minha irmã se sentindo sem mãos, pés, como seu eu fosse uma espécie de ar para a sua vida. Cadê aquelas nossas brincadeiras maneiras como se fôssemos amigos e irmãos nas pagadas de mico juntos? Aqui relembro nossos micos, assim intencionais, que eu confesso, eu adorava lhe torturar, mas assim, tipo assim, uma tortura por amor, e quando tinha que chegar duro era chispas, né?
Sinto falta de vocês, pai e mãe. Acreditem na sabedoria do grande juiz do alto, e o que me aconteceu está dentro da lei.
Não vamos confundir nossa dor de saudades com a realidade.
A resignação com inteligência será a nossa mais valiosa medicação.
Mãe, sinta sim meu abraço. Abraço você, o pai, com a Juliana, toda vez que consigo ir lá em casa.
Preciso parar, porque até parece que estou montando um processo, e o tempo é curto, irei depois retornar.
Sou eu, o CHUPY.
Ao final do médium Orlando faz um comentário:
O seu filho ia escrevendo, e não parava, e não parava, e não parava, chegou uma hora que o Nathanael teve que intervir, e aí começou, não parava, não parava, e eu também falei: – Ih! Para onde que vai?. Porque também eu faço a criticidade, mas até uma hora que o plano espiritual teve que chegar e falar: – Pare! Senão eu estaria escrevendo até agora, o artigo 1. Acho que é jeito dele… Que eles ficam ansiosos, né gente?
JOÃO RICARDO NOGUEIRA ROMANO (27/03/2016, 25 anos)
Mensagem psicografada na Associação Beneficente Espírita Caminheiros do Bem, em Curitiba, no dia 21 de agosto de 2016, pelo médium Orlando Noronha Carneiro
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