Querida mãezinha e querido papai Adenir, peçamos a Jesus nos conceda a sua eterna paz.
Não vim só mãe, a vovó Maria Judith que me acompanha no ditado que buscarei lhes transmitir.
Eu chorei compulsivamente ao vê-la chegar nessa casa de luz que vos acolhe em nome de Jesus.
A vovó Maria Judith me amparou para poder me segurar nos próprios pés, e acredite que me seguro enquanto escrevo vendo vozes cantando São Francisco de Assis.
Mas vamos lá…
O que dizer do acidente, mamãe?
Ver também os outros amigos daquele momento se ferindo e se desligando da vida física…
Estava falando do amigo que gostaríamos de sua presença conosco, até que recebemos o convite de vir buscá-lo e aceitei sem qualquer dúvida no calor do momento.
Quase chegando, a velocidade estava alta, e perdendo o controle o carro foi conduzido ao capotamento, trazendo-nos à situação triste do falecimento de todos os integrantes do veículo.
Mãe, quero lhe esclarecer que o aceite de buscar o amigo surgiu assim intuitivo na alegria de ver-se perto de pessoa tão voltada à minha estima.
Quem poderia prever que o que aconteceu conosco viesse a trazer tanta dor aos nossos pais?
Aqui não estamos a acusar a ninguém, pois poderia ser um de nós a estar dirigindo o carro.
Sei que ficam mágoas e tristezas, mas peço a você com o papai de rever termos o quadro de inaceitação, com os pensamentos de esperança pela vida que continua.
Não choremos pelo que aconteceu ficando presos ao passado, mas vamos sorrir por dias mais felizes e alegres.
Que o ocorrido em algum sentido sirva de alerta para outros jovens…
Desculpe, meus pais, pela minha santa inocência, se assim posso me exprimir.
Estou bem, mamãe, e só não estou 100% por vê-los entregues a tanta tristeza pela minha ausência em casa, mas creio que o Bruno e o Jean precisam de vocês fortes e firmes com o compromisso que seguem e precisam ser continuados.
Nós estamos vendo tantos jovens em Cascavel abusando do volante, gerando tanta dor a seus familiares.
O grande problema de tantos jovens é a autoeficiência e daí se enganam desastrosamente. É o que eu avalio em minha pequena observação na visão que me coloco, principalmente vendo-os chegar por aqui em clima de tanta aflição e dor.
Eu e a vovó Maria Judith lhe desejamos toda a felicidade do mundo.
Mãe, força, tá mãe.
Com o auxílio da vovó que me ajuda a escrever, sou a filha saudosa em seus corações, tanto quanto vocês vivem em meu coração para sempre.
A filha com amor, sempre a filha…
LAIZ CAROLINE CAPISTRANO FERREIRA (24/10/2010, 14 anos)
Mensagem psicografada pelo médium Orlando Noronha Carneiro, dia 19 de junho de 2011, no Grupo Espírita de Caridade Meimei, em Curitiba.
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