JESUS E SIMÃO PEDRO:
QUAL SERÁ MEU TESTEMUNHO?
Sob as brisas do lago de Genesaré, os dias sempre repletos de atividades de Jesus permitiam ao anoitecer o refazimento das energias. Era comum o Mestre encaminhar-se até às margens do lago junto com os discípulos para contemplar as belezas da noite estelar.
O Mestre acomodava-se rente à consistente rocha, voltando o olhar ao lago, e seus olhos profundos perscrutavam[1] as maravilhas do zimbório[2] que cantavam a glória de Deus.
Era natural a observação de Simão Pedro. Pedro, a rocha, observava o peregrino do amor. Onde estaria o pensamento do Mestre? Onde seus olhos atingiam? Quais os páramos[3] que o mestre divisava[4]? Pedro refletia como seria bom estar com o Mestre por tantos tempos na existência. Esse pensamento preenchia de júbilo o coração de Simão Pedro. Em dado momento dirigiu o olhar a Simão Pedro, comentando, sem que os outros discípulos pudessem compreender:
“Simão Barjonas[5], cabe a mim no serviço do Pai testemunhar a verdade, compreender e perdoar a incompreensão humana. Eu também tenho um cálice que devo testemunhar junto ao Pai tudo que tenho dito.”
Passado o dia da crucificação na abominável ação do gólgota[6], vemos tempos depois Simão Pedro, no mesmo sítio do lago de Genesaré. E sob as brisas do anoitecer, Simão Pedro refletiu:
“Senhor, qual será o meu testemunho?”
Tempos avançados vemos o apóstolo sacrificado em nome da verdade, e nós outros, os cristãos, que labutamos[7] na sua seara, poderíamos perguntar qual seria o nosso testemunho diante da vida, em nome do amor? De certo não será a cruz hedionda, mas será a cruz da lealdade no bem, em um mundo em processo avançado de transição. Testemunhemos o bem sempre, onde estivemos, pois esse é o selo que o Senhor nos identificará a qualquer momento.
Nathanael
Mensagem psicografada pelo médium Orlando Noronha Carneiro, dia 26 de setembro de 2010, no Grupo Espírita de Caridade Meimei, em Curitiba.
[1] Perscrutavam: Examinavam minuciosamente, sondavam [2] Zimbório: é o nome dado à cúpula, em geral circular ou octogonal, das igrejas de grande dimensão [3] Páramos: abóboda celeste, firmamento, o ponto mais alto [4] Divisar: Notar, observar [5] Simão Barjonas era o nome anterior de Simão Pedro, e signinifca Simão, filho de Jonas [6] Calvário (em aramaico Gólgota) é o nome dado à colina que na época de Cristo ficava fora da cidade de Jerusalém, onde Jesus foi crucificado [7] Labutar: Trabalhar intensamente e com perseverança
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.