A vovó Júlia como sempre está ao meu lado.
Um dia perguntei a um benfeitor espiritual quando a marca de nossa dor sumirá para sempre.
Há sim, entendo que é uma pergunta um tanto complicada, e recebi do amigo a seguinte resposta:
– Ana, minha filha, enquanto a marca de uma dor persiste é porque a lei divina nos permite que a prova que estejamos passando se configure em missão, mesmo que dolorosa, fortalecendo-nos para o futuro.
No seu caso em particular o dia do reencontro com seus pais será a borracha imediata que apagará todas as lembranças amargas.
Enquanto assim não se faça precisamos lidar com todas as marcas, com os instrumentos da paciência e da crescente fé no futuro.
Pois bem papai e mamãe, não existem remédios para apagar de nós aquele dia difícil em que vivemos se não o tempo que nos chamará a um reencontro vista a vista.
Dessa forma vamos nos amparando mutuamente com a fé e a esperança.
Os autores de tamanha crueldade têm marcas na consciência e nada escapa às leis de Deus. Pode-se passar o tempo, e parece que para os autores nada ocorre, mas isso é apenas nossa ilusão.
A nossa consciência, vamos dizer assim, é a nossa caixa preta indestrutível que um dia um auditor o vasculhará para a análise inevitável, e a nossa consciência acompanha-nos para sempre, por isso a justiça divina estimulará essas consciência culposas a se reenquadrarem, e a vida atendendo às leis divinas convidará os autores de delitos monstruosos a redimirem seus passos em serviços expiatórios de reeducação.
O amor de Deus é imenso, quero esclarecer seus corações de que apesar de nossos pesadelos de dor tudo está na contabilidade divina.
Sei que é pesado falar em perdão, mas pelo menos estejamos de consciência limpa e mãos limpas.
Os dramas por aí são incontáveis, e chegam por aqui casos e mais casos que se não fosse a misericórdia de Deus o que seria de nós?
Que a minha irmã Ana Paula a cada se encontre em seus ideais e seus anseios pessoais, pois a irmã pode ter certeza que tem em mim uma torcedora fanática para que ela seja vencedora.
Obrigado por estarem aqui, e seus corações se entrelaçam com outros que sentem a dor que sentimos.
As noites aqui são mais vivas, olha para o firmamento aqui é ver certo a presença de estrelas, estrelas que piscam no charme de Deus.
Quando vocês olharem para o alto à noite e verem uma estrela, que bom, eu as vejo também.
A filha, eternamente…
ANA CLAUDIA CARON (22/08/2007, 18 anos)
Mensagem psicografada pelo médium Orlando Noronha Carneiro, dia 25 de setembro de 2011,
no Grupo Espírita de Caridade Meimei, em Curitiba.
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