Mãezinha Keila, pai Cleber, hoje me atrevo trazer notícias porque sei bem o que você vem passando mamãe.
Vejo a minha irmã Melani me pedindo com aquela angústia que me chega aqui.
Aqui me chamam de alemão como forma carinhosa de me tratar.
O nosso amigo Abelha me trouxe até aqui sabendo de nossas necessidades. Aliás é o nosso amigo que me dá uma mão para escrever, pois me vejo naquela condição de quem irá pegar pela primeira vez um carro para dar uma volta.
O importante é que sou ficha limpa, e graças a Deus não me vi envolvido com qualquer vício…
Mãe, não irei dar nomes, preciso até proteger a integridade do médium que interpreta os meus pensamentos. Eu fui na boa com o W dar uma carona, mas não sabia que estaria em perigo, porque você sabe que o seu filho não é de negar ajuda para amigo.
Claro, se soubesse todos os detalhes iria dar um jeito de não ir aonde fui com o W. Aí foi aquela situação que você está informada.
Estas pessoas que estão em vícios e roubalheiras, não têm limites e nem qualquer cabeça para separar as coisas. E aí aconteceu a ação deles mesmo sabendo que não era de qualquer esquema. Por que falo disso? Porque primeiro eu vejo aí tantos jovens caindo na boa no papo das moçadas e se entregam nas drogas que vêm matando tanta piazada. E fica a minha nota para que alguém lendo a minha carta saiba que ir na carona do vício é no mínimo correr grandes riscos.
Ah, tem a lábia da galera de que muitos estão nessa vida há anos e andam beleza. É verdade mãe, mas tem muitos que não tiveram essa sorte. Estão hoje do lado que estou com muito remorso e dor no coração.
Segundo, falo isso para você saber que sou grato por você me ensinar a falar do caminho do bem.
Manhê, não estraga seu caminho por favor querendo largar o caminho. Vi nessa semana como você estava atordoada e não via a hora que hoje chegasse… E chegou, para que você não passe o Natal e o Ano Novo em branco.
Seu piá quer estar nas festas em família e sou bem auxiliado por aqui. Nada de tristeza e cair na fossa, nada disso, quero lhe abraçar e sei que você será, mãe, o meu abraço junto à minha irmã Melani.
Entendo que dói a atitude de alguém quem usou a arma para me ferir. Mas eu sei que não trago aqui a mão suja, e esse doente que me atirou arrumou uma bela encrenca para a sua caminhada.
Estou aprendendo aos poucos aqui de uma coisa: não estamos na vida à toa, tem uma lei nesta vida que dirige e comanda a gente.
Mãe, você é a minha beleza total, a mãe que vive aqui em mim.
Olhe lá, quero ver você uma princesa no Natal.
Com o meu coração saudoso, parando por aqui e até outra oportunidade…
ROBSON SCHNEIDER DE BARROS (12/07/2014, 15 anos)
Mensagem psicografada na Associação Beneficente Espírita Caminheiros do Bem, em Curitiba, no dia 14 de dezembro de 2014, pelo médium Orlando Noronha Carneiro.