Querida mãezinha Alcione, papai Gilmar, graças a Deus estou autorizada a trazer notícias minhas.
A emoção é grande pelo reencontro que nos é permitido.
Estou me segurando, mãe, mas é a alegria dessa hora para lhe dizer que a morte não existe, mesmo, e graças a Deus estou, mãe, aos poucos me adaptando à nova estrada que surgiu aos meus olhos surpresos.
Quem não estará com o coração preparado para uma mudança tão grande em nossa vida?
Eu lembro os cuidados que deveria ter com a diabetes, não me faltavam todas as informações para que pudesse manter uma vida mais tranquila. Mas mãe, vamos caminhando, vamos nos sentindo bem, e aí vai nossa caminhada, me lembro que estava com os amigos curtindo com eles, e assim entendo, mãe, que excedi nos energético, e então naquela noite, mãe, fui deitar na boa, sem nada que pudesse me chamar à atenção e que devesse chamá-los. Então recolhi como era o natural, e confesso, caí em sono tão pesado, que sumi nesse sono, só não poderia imaginar que a vida me traria a surpresa, que eu despertaria em outro local, sem entender absolutamente nada.
Para mim, mamãe, parecia ser um pesadelo, em que eu lutaria para que acabasse, e que por muitas vezes eu caía novamente em sono, até que tempo depois eu fui entender que em verdade eu estava eu outro local, e com cuidado me disseram o que havia acontecido.
Penso que a hipoglicemia atingiu seu auge, e o corpo não mais pôde funcionar.
Eu lhe conto tudo isso para você tranquilizar quando ao que aconteceu com a minha viagem. Partida não é o termo que eu gostaria de lhe dizer. Partida dá um som de fim, e não é o que acontece comigo e com todos nós.
Mãe, não sofri, como disse, foi um sono pesado, que então me colocaria de cara com outra realidade.
Desculpe se não dei a maior atenção e deixei descuidar, mas você sabe que eu mais queria era viver, com toda a alegria possível, e jamais contribuiria para que antecipasse as coisas em minha vida.
Peço a contribuição minha e do pai.
Abraço aqui o meu irmão Luan, e digo que é uma alegria conhecer o vovô Gilberto, que é um grande homem mesmo.
Agradeço você ter vindo e correspondido ao nosso pensamento para que chegasse aqui.
Torcerei muito para que o Luan, e que ele seja a alegria em casa e o grande apoiador de vocês.
Que nossas festas, que chegam em casa, não sejam de tristeza e sofrimento. Eu estarei em pensamento com vocês, e sei que vocês estarão comigo.
Não se preocupe tanto comigo mamãe, pois estou em boas mãos, e se a saudade é assim é tão forte, nós sabemos que a nossa esperança e coragem têm que ser mais fortes.
Você continua mãe a graça de sempre, com o seu carinho com a gente.
São as palavras que consigo trazer, mãe e pai Gilmar, quem sabe retorne depois com mais tranquilidade, e com mais controle em minhas ações.
Com a saudade grande, mas com a paz em mim, sou a filha de sempre com vocês.
ALINE MAYARA GONÇALVES (15/11/2014, 17 anos)
Mensagem psicografada na Associação Beneficente Espírita Caminheiros do Bem, em Curitiba, no dia 20 de dezembro de 2015, pelo médium Orlando Noronha Carneiro.