Minha mãe Nair,
Hoje deve ser um dia de muita alegria para nós. É o dia de nosso reencontro e você retornará à Santa Catarina com o Satoshi, com mais paz em seu peito.
Começo esta carta, lhe pedindo tirar toda a culpa de seu coração. Não fique se torturando mãe, achando que você poderia ter evitado, com os atritos de relacionamento. A atitude que tomei naquele dia foi de minha total responsabilidade e não quis punir ninguém, nada disso, por favor. Eu fraquejei comigo mesma e encontrei dois pontos: o meu desespero íntimo que era um grande vazio com a situação, só, em casa, e fui frágil, e venho pedir perdão a você por ter tirado a própria vida,sem conseguir, porque ninguém poderá fugir de si. Onde for, nos encontraremos com a gente e foi isso, encontrei comigo aqui e ponto. Paramos aqui neste item.
Sei que minha irmã Heloisa me encontrou naquela situação e peço a ela perdão pela imagem que até hoje ela se vê
deprimida. Me perdoe por favor! Mas, tirem a culpa de vocês. O “Ted” é uma gracinha. Quantas vezes ele me viu em casa. Hoje está com impedimento, mas me sente em casa. Não fique mais assim! Hoje, eu e o Fabricio, filho da Dona Ines, visitamos o pavilhão espiritual desta casa, que cuida dos que cometeram o suicídio, e são aqui amparados por amor e carinho e deparei com um quadro maravilhoso, suspenso na parede do pavilhão, de uma querida senhora, feito luz e ternura.
A imagem me explicaram, é de um espírito de nome Joanna d’Angelis, que é orientadora deste trabalho, como também Dr. Bezerra de Menezes. Apesar da saudade, mãe, minha rainha, estou fortalecida na fé e na esperança. Abraço mãe, a Heloisa, e não perdi a mania, veja só, continuo por aqui com o mesmo zelo de antes.
Mi
Te amo mamãe!
MICHELLE FRANCINE SCHNEIDER (14/10/2007, 18 anos)
Mensagem psicografada na Associação Beneficente Espírita Caminheiros do Bem, em Curitiba, no dia 24 de junho de 2018, pelo médium Orlando Noronha Carneiro.