Minha mãe Maria Aparecida, Valdinei…
Obrigado mãe por estar aqui em busca de notícias me fazendo sentir uma tranquilidade no coração.
Peço à vovó Maria que receba o meu abração daqui tanto quanto o Vinícius sinta aquele abraço que lhe entrego nessas notícias que trago.
Mamãe eu peço a sua licença para não entrar nos detalhes do homicídio praticado porque seria remexer feridas que estou contando com o tempo para cicatrizar.
Recebi do vovô José Bezerra todo o apoio para não cair em pensamentos e atitudes de revolta.
Você sabe que a droga é um atestado no mínimo de complicações da saúde que dependendo do seu nível nos detona pouco a pouco, seja mais lento ou bem imediato, quando falamos o tipo de droga que se tem em seus hábitos e vícios. Mas o complicado é o que se envolve ao lado daquele que se vê no caminho da droga. É o medo, é um mundo cruel de ações que se fazem sem qualquer juízo na consciência.
Agora mesmo mãe, que lhe escrevo, quantos estão sendo vítimas dos controladores do tráfico, seja imediato ou terceirizados, é isso, tem os terceirizados que têm a função de proliferar e de repreenderem os que buscam sair de suas armadilhas e imposições.
Pois é isso aí mãe, peço a sua compreensão por não ter gente bacana com toda a confiança ao meu lado…
Hoje penso que tive orientações e tempo para sair desses ambientes no mínimo de total loucura sem critérios para isso ou aquilo. É aí que a casa caiu e não penso eu outra coisa, com o apoio do vovô José Bezerra de abrir novos caminhos para mim aqui desse lado da vida que continua.
Mãe, sinta-se abraçada por mim, mas já estive em casa com você abraçando-a, estamos colados ainda e sempre.
Você é e foi sempre nota dez, me perdoe tá mãe, não ter desistido antes, mas vamos tocar o barco juntos agora de outra maneira, mas de qualquer forma estamos juntos.
Sou o filho que lhe deve tanto, mas com a certeza de que Deus me ofertará outros caminhos para lhe pagar mãe o que lhe devo
Com o abraço do meu avô José Bezerra junto do seu coração e com o meu beijão em seu rosto, o filho que lhe ama, contando sim com a sua força e a sua determinação de sempre, Layun.
LAYUN SIMPLICIO DE SOUZA (23/01/2011, 25 anos)
Mensagem psicografada no Centro Espírita Bom Samaritano, em Curitiba, no dia 25 de agosto de 2013, pelo médium Orlando Noronha Carneiro